O termo “educação ambiental” não é novo, mas está ganhando mais popularidade nos últimos anos. A premissa dela é promover a conexão de pessoas e o meio ambiente, por meio de estudos, atitudes e ações voltadas para a preservação e o equilíbrio entre o homem e os recursos naturais.
A educação ambiental tem seu pontapé no ensino básico escolar, mas é uma prática que deve ganhar força ao longo da vida (como é o caso da sustentabilidade corporativa, por meio do ESG). Ela é essencial, desde a infância, para que seja compreendido os valores sustentáveis e a necessidade da preservação, além da importância dos cinco R: repensar, reutilizar, recusar, reciclar e reduzir.
No entanto, apesar de ser de suma importância a inclusão da educação ambiental durante o ensino básico, ele não é suficiente. Por isso, a educação ambiental deve ser contínua, para a vida toda, sendo importante sempre falar sobre a temática.
Entenda como e por que o conceito de educação ambiental foi criado
O conceito de educação ambiental foi implementado, no mundo, em 1992 como um projeto de escolas na Europa. No entanto, sua concepção vem bem antes disso. Em 1972, durante a Conferência de Estolcomo (a primeira conferência para o meio ambiente), surgiu a proposta global para a implementação da educação ambiental.
Então, em 1975, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) promoveu o Encontro Internacional de Educação Ambiental, na Sérvia, para, enfim, debater o assunto. O texto tinha, enquanto proposta, a adoção de uma nova conduta ética para a sociedade global, visando a proteção da natureza. Além disso, o combate à fome, miséria, escravidão, poluição e ao analfabetismo também foram pautas fortes da discussão.
Já no Brasil, foi definida a partir da Lei 9.725, em 1999, a instituição da Política Nacional de Educação Ambiental. Ela compreende os processos pelos quais as comunidades constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a preservação do meio ambiente.
Desde então, ela é um componente essencial e permanente da educação nacional. Seus principais princípios são o enfoque humanista, a compreensão da interdependência entre o meio ambiental, a economia e a cultural (ou seja, compreender a relação entre as necessidades humanas e a escassez dos recursos), vinculação a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais.
Segundo a Fundação Instituto de Administração, atualmente, estima-se que mais de 52 mil escolas e 20 milhões de alunos no mundo inteiro estão engajados na educação ambiental. A ideia é preparar os futuros tomadores de decisão, tendo em vista a necessidade de preservar o planeta para as próximas gerações.
Como funciona a educação ambiental na prática?
Diferentes ações foram tomadas após a instituição da política de educação ambiental. Sendo uma forma de incentivar não somente alunos, mas comunidades inteiras a preservar o meio ambiente, também foram definidas diversas datas comemorativas, como forma de “lembretes” de que a educação ambiental deve ser seguida todos os dias.
O Dia Mundial da Água e o Dia da Árvore são alguns exemplos. Já o Dia da Terra e o Dia Mundial do Meio Ambiente são os mais famosos, que promovem ações globais (como apagar as luzes durante o período de uma hora).
Além disso, a educação ambiental, atualmente, já é implementada fora do ambiente escolar. Comunidades podem e devem trabalhar de forma independente, como, por exemplo, criando hortas comunitárias. Além de ser um exercício de cidadania, favorece, também, a cultura de alimentação natural e saudável (com alimentos e condimentos orgânicos), gerando um vínculo mais forte de cuidado e cooperação entre todos.
Outras ações populares de educação ambiental envolvem o recolhimento de resíduos como praias e parques, o cultivo de mudas de plantas, além do incentivo na separação de resíduos, respeitando suas tipologias, como no caso da coleta seletiva.
Já no ambiente corporativo, a educação ambiental pode marcar ações sustentáveis e que incentivem os colaboradores. Alguns exemplos disso são a captação da água da chuva para a limpeza de jardins e utilização em banheiros, além da não utilização de descartáveis (o uso da própria caneca sendo o mais comum) e a separação dos resíduos.
Segundo a revista Planeta, o setor privado, desde 1970, passou a priorizar e apoiar as questões ambientais. Afinal, é preciso levar em consideração que o novo padrão de consumo e apoio às empresas tem como principal cobrança o comprometimento com o ambiente.
Por isso, uma empresa que demonstra a preservação enquanto valor próprio, conseguirá prosperar melhor nos anos seguintes, cada vez mais com uma melhor imagem corporativa atrelada aos seus objetivos com as gerações seguintes. Somado a isso, as boas práticas ambientais também são repassadas aos colaboradores, que levam as ações de educação ambiental para casa e, assim, reproduzem cada vez mais atitudes sustentáveis.