Quando se fala em esgoto no mar, é comum imaginar as manchas escuras nos oceanos, que destoam do tom esverdeado e azulado que são naturais. Porém, o esgoto vai muito além da poluição visual nos mares de todo o mundo: é um problema que afeta a biodiversidade e, mais ainda, a saúde pública.
Assim como os efluentes industriais, a especialidade de tratamento da MR Soluções Ambientais, o esgoto exige uma série de cuidados para que o seu descarte seja direcionado da maneira correta e que não corrobora para prejudicar o meio ambiente.
De acordo com dados publicados pelo Instituto Trata Brasil, estima-se que, por dia, a população despeje indevidamente cerca de 5.622 piscinas olímpicas. Em números mais exatos, isso significa que 10 bilhões, 625 milhões e 580 mil litros de efluentes não são tratados, chegando, assim, nos rios, mares e oceanos.
Mas você tem noção do que isso realmente significa? É o que descobriremos a seguir!
Esgoto no mar: como é o tratamento para chegar até lá?
Antes de desembocar nos oceanos, é preciso compreender que o esgoto que conhecemos percorre um longo caminho. No meio dele, há a possibilidade de ser tratado e, enfim, ter sua destinação correta para não apresentar riscos para a natureza e os seres vivos. No entanto, não é exatamente isso que ocorre na maioria das vezes.
O esgoto que conhecemos pode ser classificado de duas formas: o efluente doméstico, proveniente das residências e comércios, e o efluente industrial, proveniente das grandes indústrias. Ainda que tenham nomes parecidos, possuem algumas diferenças.
O efluente doméstico é, principalmente, composto por rejeitos orgânicos (tudo aquilo que é despejado nos banheiros). O mesmo ocorre com os efluentes industriais (que são, majoritariamente, compostos químicos). No entanto, neste último caso, o uso da água e seu despejo possui outro tipo de tratamento.
O efluente doméstico é tratado especialmente pelas concessionárias (municipais ou estaduais, como uma estação de tratamento), cujo objetivo é o tratamento do esgoto para que ele retorne ao nosso consumo, de forma límpida e de qualidade.
Por outro lado, diferentemente do esgoto comum das casas, os efluentes industriais precisam passar por uma série de etapas. Essas etapas devem acontecer para a neutralização dos compostos químicos antes que ele siga seu caminho para o meio ambiente e retorne para nós. Alguns exemplos de indústrias que se beneficiam do tratamento de seus efluentes são a indústria petroquímica, farmacêutica, cosmética e têxtil.
Para evitar que esses componentes químicos pesados cheguem à natureza (e causem uma série de problemas, como citaremos ao decorrer desse artigo), os serviços de tratamento de efluentes, como a MR Soluções Ambientais, entram em cena para fazer o trabalho.
Muitas das vezes, esses efluentes tratados podem até mesmo retornar para a própria indústria. Assim, ao invés de utilizar mais recursos naturais (como a água, que é um recurso escasso), esse reaproveitamento garante a sobrevida não somente da indústria, como também da natureza, já que as demandas do ser humano são maiores do que ela pode oferecer.
Falta de saneamento
Um problema recorrente no Brasil, a falta de saneamento básico é um dos principais vilões no que diz respeito ao tratamento de esgoto. Segundo o Sistema Nacional de Informações Sobre o Saneamento, por conta do crescimento desordenado das grandes cidades brasileiras, a infraestrutura para o saneamento chega a apenas 9% de cobertura.
Ao dizer isso, é possível constatar que mais da metade das pessoas não possuem acesso ao esgoto tratado, ou estão vulneráveis a um baixo saneamento (com esgoto a céu aberto, dentre outras situações precárias).
Dentre os principais problemas decorrentes da falta de saneamento, estão:
- Proliferação de doenças infecciosas;
- Mau cheiro nessas regiões;
- Prejuízo a vida marinha; e
- Eutrofização (quando a decomposição dos compostos orgânicos gera nutrientes que estimulam o surgimento de algas superficiais, que bloqueiam a luz e fazem cair o nível de oxigênio da água).
Sendo assim, o esgoto é, além de um problema para a natureza a longo prazo, extremamente nocivo para os seres vivos, impossibilitando a vida de ambos. Uma vez que a cadeia alimentar envolve esses animais e o homem, quando nos alimentamos desses animais (como os peixes) que estão em contato com a poluição marinha, proveniente desses efluentes não tratados, também acaba por infligir um risco à nossa vida.
Outro fator que deve ser citado é a balneabilidade das águas. A balneabilidade identifica a quantidade de poluentes (sejam orgânicos, químicos ou sólidos) que inviabilizam o consumo de determinadas águas para o consumo. Um grande exemplo disso são as praias no litoral, que, por conta disso, se tornam impróprias para o banho.
Isso impacta não somente a qualidade de vida e o lazer dessas regiões de praia, mas também o turismo (especialmente no verão) e as atividades marítimas, que ficam comprometidas pelo nível de poluição dos mares.