Galvanoplastia é um processo que reveste objetos – metálicos ou não – em busca de maior proteção dos itens. Esta camada de revestimento, que encobre toda a peça, é realizada com metais, entre eles o cádmio e o cromo. A galvanoplastia, inclusive, é um dos procedimentos que mais utiliza o cádmio no setor industrial, segundo o Departamento de Microbiologia da Universidade de São Paulo, com participação entre 45% e 60% nos processos realizados ao ano.
Por ser um processo industrial que consiste em diversos banhos, como são chamadas as lavagens das peças, a galvanoplastia é conhecida pelo seu gasto excessivo de água. Nestas etapas, se juntam ao líquido – antes limpo – elementos como metais pesados utilizados no revestimento de objetos, que podem ser descartados sobre o solo ou diretamente em rios e mares, e, consequentemente, contaminar os seres vivos.
Para maior controle do impacto ambiental desses efluentes, o Blog MR Soluções Ambientais explica como os resíduos gerados pela galvanoplastia devem ser gerenciados. Continue a leitura!
Veja mais – Tratamento de Efluentes: a importância das águas de reuso
Efluentes da galvanoplastia e de onde vêm
Para dar mais resistência e elegância às peças que passam pelo processo de galvanoplastia e evitar o desgaste de cada uma, são utilizados metais pesados para revesti-las. Na galvanoplastia, são gerados resíduos como efluentes líquidos, óleos solúveis ou não, e efluentes sólidos. Esses itens são produzidos a partir do descarte de banhos químicos, águas de lavagem, desengraxantes, decapantes, sucata de metais ferrosos e não-ferrosos, precipitação de banhos, lodo do processo de tratamento de resíduos líquidos, embalagens de produtos químicos, entre outros.
Passam por esse procedimento de revestimento acessórios comuns da rotina da população, como bijuterias, peças de carro, torneiras e maçanetas de portas. Além disso, a galvanoplastia é um processo comum em indústrias metalúrgicas e da construção civil.
Etapas da galvanoplastia
O procedimento de revestir peças com metais pesados é dividido em três etapas:
- Pré-tratamento, quando o objeto é preparado para garantir mais aderência do metal que vai revesti-lo. Para isso, são realizadas atividades como escovação, lixamento e polimento, por exemplo.
- Tratamento, quando a peça passa por diversos banhos de metais pesados para garantir a camada de revestimento necessária.
- Pós-tratamento, quando o item revestido passa pela lavagem quente ou fria, secagem em centrífuga, estufa e banho de óleo para garantir o envernizamento ao qual foi submetido.
Tipos de galvanização
Na galvanoplastia, especialmente na etapa de pós-tratamento, a peça é enviada para a lavagem quente ou fria, que são os dois tipos de procedimento que podem ser realizados no país. A galvanização a fogo – como é conhecida – é a mais comum e a mais vantajosa, com garantia de durabilidade maior devido ao banho de zinco fundido que é dado no objeto. Já a galvanização a frio, o procedimento de revestimento é realizado por meio de spray aerossol, com foco em combater pequenas correções, ou pela eletrólise, que tem como propósito revestir peças e projetos maiores.
Impactos da galvanização sobre o meio ambiente
O principal impacto deste processo de revestimento de peças com metais pesados acontece relacionado aos rios e mares, já que a água está presente desde a primeira etapa da galvanização. Ao entrar em contato com materiais como o zinco e o cádmio, o líquido – antes puro – apresenta elevada concentração de novos itens, como óleos, graxas, sólidos, metais e sais provenientes dos elementos utilizados para o revestimento das peças.
Além disso, empresas que atuam com este tipo de procedimento precisam se atentar ao descarte irregular dos efluentes da galvanização. O cádmio, por exemplo, é um elemento que se acumula ao longo da cadeia alimentar e não é possível eliminá-lo com o tempo. Quando em contato com águas que podem chegar à casa da população, este metal pesado pode causar disfunção renal, dores reumáticas, distúrbios metabólicos e problemas pulmonares.
Diante deste cenário, empresas que realizam a galvanização precisam ter uma estação de tratamento adequada para valorizar tais elementos. Caso não possuam, os resíduos devem ser enviados a empresas terceirizadas que estejam aptas e legalizadas a seguir com este procedimento.
Normas para o tratamento de efluentes da galvanização
Para gerenciar corretamente os efluentes da galvanoplastia, existem algumas normas elaboradas pela Comissão de Estudo Especial de Galvanização por Imersão a Quente (ABNT/CEE-114) que abordam os procedimentos necessários para tratá-los, como a ABNT NBR 6323 e a ABNT NBR 7414. Ambas as normas tratam dos requisitos do procedimento não contínuo e não se aplicam à:
- Galvanização contínua por imersão a quente de chapas, fios e telas trançadas ou soldadas;
- Galvanização por imersão a quente de tubos em plantas automatizadas;
- Galvanização por imersão a quente de outros produtos para os quais existam normas específicas.
Valorização e solução no tratamento de efluentes da galvanoplastia
Referência no gerenciamento de resíduos provenientes da galvanoplastia, a Unidade Paulista (PE) possui capacidade para tratar efluentes na ordem de 400 m³/hora, medida suficiente para atender a uma população de aproximadamente 60 mil habitantes. Além disso, a Unidade conta com um laboratório moderno, próprio e inovador, que é utilizado por colaboradores constantemente capacitados para gerenciar – de maneira que preserve o meio ambiente – efluentes da galvanoplastia.
Desta forma, nós, da MR Soluções Ambientais, alinhamos tecnologia, modernidade, inovação e atualização no tratamento de efluentes da galvanoplastia. Oferecemos soluções baseadas, ainda, em eficiência, qualidade e versatilidade para o gerenciamento das diversas tipologias de efluentes e blendagem de resíduos para o coprocessamento.
Fale com a Unidade Paulista
Entre em contato com um de nossos especialistas e saiba mais sobre o gerenciamento de efluentes da galvanoplastia – e de outros segmentos, como o de saneamento urbano, industrial, mineração, saúde e outros. Para falar com a Unidade Paulista, ligue para nossa equipe: (81) 8779-4550 ou venha conhecer nossas estruturas:
Complexo Industrial e Empresarial Norte
Avenida Dr. Rinaldo de Pinho Alves, nº 2.680, Bairro Paratibe
Paulista – Pernambuco | CEP: 53.411-000.