Efluentes são líquidos ou gases gerados por atividades como indústrias, redes pluviais etc. Caso descartados de forma incorreta, podem causar graves problemas ambientais. Por isso, a necessidade de se tratá-los e destiná-los corretamente. O tratamento de efluentes industriais também auxilia no reaproveitamento da água, ação que contribui com a preservação de recursos naturais e a sustentabilidade. De acordo com matéria publicada pela Agência de Notícias da Indústria, o setor industrial consome 10% de toda água captada para consumo no Brasil.
Conheça agora os tipos de tratamento de efluentes. Continue a leitura.
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Tipos de tratamento de efluentes
A Resolução nº 357 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) estabelece as diretrizes para classificação de corpos de água, além de instituir as condições e padrões de efluentes tratados que são lançados de volta à natureza. Mas antes de serem destinados de forma segura, os efluentes passam por alguns processos como:
Tratamento preliminar
A etapa consiste em separar os sólidos dos efluentes, primeiramente, por meio de gradeamento, em que partículas mais grosseiras são removidas. A partir daí, as peneiras são utilizadas para remoção de sólidos muito finos ou fibrosos. A próxima etapa dentro do tratamento preliminar de efluentes é feita pelo desarenador, que elimina a areia, pedriscos, escória, cascalho, entre outros.
Tratamento físico-químico
Essa parte do processo de tratamento de efluentes tem o objetivo de remover os sólidos em suspensão sedimentáveis, materiais flutuantes e matéria orgânica por meio de processos físico-químicos. Soluções são adicionadas para que haja neutralização da carga, em seguida, ocorre a floculação. Após a floculação, acontece a decantação primária, ação em que ocorre a separação do líquido efluente do lodo.
Tratamento biológico
Com a intenção de eliminar matérias orgânicas não removidas em etapas anteriores, o tratamento biológico permite a obtenção de um efluente de acordo com as exigências da legislação ambiental. Por meio de processos aeróbios e anaeróbicos, as matérias orgânicas são transformadas em gás carbônico, material celular e água, resultando em um efluente até 95% livre de poluentes.
Gerenciamento e desidratação do lodo
Ao longo do processo de tratamento, a depender do efluente e tipo de tratamento, há a formação de lodo por meio da matéria orgânica removida. Para que ele seja gerenciado e desidratado, a próxima etapa é diminuir a quantidade de água contida. Logo após, a quantidade de microrganismos patogênicos são reduzidas por meio da digestão anaeróbica. Por fim, o material é submetido a processos químicos e desidratação. O lodo pode se transformar em um produto rico em matéria orgânica, o que permite sua reutilização em atividades como reflorestamento e agricultura, haja vista que é rico em nitrogênio, fósforo e outros nutrientes.
Desinfecção
Nessa etapa, o principal objetivo é destruir microrganismos enteropatogênicos e, assim, reduzir os riscos de transmissão de doenças infecto-contagiosas. O dióxido de cloro (ClO2) é o principal produto utilizado no processo, pois possui excelentes propriedades capazes de eliminar vírus, bactérias, além de evitar a formação de algas.
Diferença entre efluente industrial e sanitário
Os efluentes sanitários são os provenientes de banheiros, cozinhas, lavanderias, fossas, tanques de acúmulo etc. São resultados da água utilizada para higiene pessoal ou limpeza. Esse tipo de efluente é composto por 99% de água.
De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) – NBR 9800/197, os efluentes industriais são todos os tipos de despejos líquidos gerados nas áreas de processamento industrial, esses podem ser águas de lavagem, que apresentem poluição por produtos utilizados ou produzido no referido estabelecimento industrial.
Solução no tratamento de efluentes
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